terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Negação.
Não sou poeta.
Não sou filosofo.
Não sou o porto seguro de ninguém.
Sou estrela cadente
Sou a ausência no teu silencio.
sábado, 8 de dezembro de 2012
Vida.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Do que não deu certo.
Aí vêm aquela monotonia d'um filme de 90 minutos.
Então percebe que não terá dois filhos;
que não terá um jardim;
ou talvez uma cozinha espaçosa.
E lembra também que não terá ninguém te esperando pra ouvir tuas histórias do hospital, ou da sala de aula, quem sabe... Percebe que não terá quase ninguém pra te apoiar quando chegar o período de faculdade.
Mas, além de cruzar com o passado e pisar acidentalmente naquilo que eram planos, nota-se que ainda há algo dentro de você.
Essas são as ironias da vida.
E aí está a maior ironia da vida.
Ela mesma.
sábado, 3 de novembro de 2012
Aos vagalumes e a borboleta que vive em meu quarto.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Tempo errantes.
Se é saudade, não sei. Em outrora poderia ser até algo mais concreto. Se é poesia morta, imagino-a talvez. Sinto um requintado gosto de passado.
São Tempos errantes em que teu abraço faz falta e minha existencia é nula diante de ti. Tempos errantes que nos transformaram em enormes ignorante da própria imagem e ridiculamente um em relação ao outro.
Se estou morto, creio que meus fragmentos ainda lembram de você, mesmo teu rosto estando perdido em alguma passagem do tempo. Surgem então essa palavra que me dá medo e o futuro me dá medo e olhar para mim mesmo dá medo, pois era pra ser mais do que isso.
Teus olhos continuam os mesmos, minha criança.... M.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Palavras de um ser morto, porém vivo.
Começo dizendo que já devo ter morrido para muitas pessoas e portanto não posso contar nos dedos. Sou vã morto apenas por irônia do destino... E do tempo. Ah, que traíra esse tempo. Admiti minha morte quando partiu rua a dentro sem olhar nos meus olhos. Morto pra você. Morto pra sempre.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Últimas palavras de um caderno secreto
Foi-se da forma que as de antes. O melhor é que eu já esperava por isso. Sabe, anjo, eu não estava mais naquela nossa casa e aquele meu mundo perfeito já havia deixado de ser perfeito desde o momento que abri mão de mim mesmo. Nunca o abandonei completamente e talvez ele tenha sido tão meu pra suprir toda essa carência. Ele foi meu, ele foi seu, ele foi nosso até o momento de não ser de mais ninguém.
Pergunto-me, principalmente, no que você se transformou. Veja, Anjo, amor nunca morre mesmo você indo pra sempre. Hoje, digo adeus da mesma forma que tu. Terminou de forma inocente e com aquele típico abraço incompleto. O único que não deixou aquela vontade de querer voltar.
Vai, anjo e voa pra onde tu quiser. Que as noites estreladas por onde passar acolham-te bem.
Adeus.
sábado, 15 de setembro de 2012
Carta para N.
<3 N.
domingo, 9 de setembro de 2012
"E foi assim que eu criei outro mundo,
Um que fosse só nosso, esperando tu chegar.
Que não houvesse nada além de nós.
És a casa mais linda que construí.
Forte, resistente, parte de mim.
É a música que bate forte, que acelera o coração.
Daquelas que faz a gente cantar junto,
Que faz você mais feliz,
Que te mostra quão perto está o verão,
Mesmo tendo que passar pelo inverno."
sábado, 25 de agosto de 2012
We are young...
I need to get my story straight
My friends are in the bathroom
Getting higher than the empire state
My lover she's waiting for me
Just across the bar
My seats been taken by some sunglasses
Asking 'bout a scar
And I know I gave it to you months ago
I know you're trying to forget
But between the drinks and subtle things
The holes in my apologies
You know I'm trying hard to take it back
So if by the time the bar closes
And you feel like falling down
I'll carry you home"
sábado, 18 de agosto de 2012
Sem Título
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Amo-te
Luíz. <3
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Estrelinha.
Estrelinha dos meus sonhos profanos.
Estrelinha que parece até brilhar de dia...
Amo-te. <3
sábado, 28 de julho de 2012
Palavras secretas de um caderno 2.
Veja essa paz que se instaurou por aqui. Vesti uma palavra bonita e percebi que a flores do jardim já cresceram enquanto saí para ver quem passava pela rua. A noite, finalmente, está agradável. E não estou na janela.
Fragmento de algo importante
Tem cheiro de família; de duas pessoas.
Tem cheiro de tempestade de verão, de 11 de fevereiro.
De bilhetinho que guardo na carteira;
de um mundo inteiro...
domingo, 8 de julho de 2012
Away
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Sem Título
E me torna quem tu és.
Me transforma em algo melhor, Arthur.
Mas peço que deixe-me gritar pela última vez,
Aquelas mudas palavras de Amor que sempre foram dele.
Carregue-me pela madrugada fria e
Me aqueça em teu peito.
Faça o que for preciso,
Mas não me deixe sozinho."
terça-feira, 3 de julho de 2012
Triste estrela.
domingo, 1 de julho de 2012
Esperar - Parte 5
Digo de passagem que a atendente que anotou meu pedido era uma garota jovem e muito educada. Cativou certa simpatia de minha parte. Enquanto meu pedido não chegava fiquei observando os carros passando por ali. Loucos. Por que o ser humano consegue ser tão idiota? Fui me perdendo nessa linha de pensamento o que fez com que eu não percebesse que uma mulher havia sentado na minha mesa.
- Olá, Arthur! Lembra-se de mim?
- Somente de passagem, não é mesmo? Tu é aquela garota do colégio que sempre via pegando o metrô sozinha.
- Sim, sou eu. Te vi por aqui sozinho e espero não incomodar se eu tomar uma café contigo.
- Claro que não - disse sorrindo.
Amanda era praticamente uma mulher formada, apesar de seus 17 anos e eu com 20. Já fazia algum tempo que havia terminado o Ensino médio e nem acreditei que era ela mesma. Ruiva de seios fartos, alta e com um olhar hipnotizante. Passamos algumas horas ali conversando sobre bobagens e comentando de pessoas alheias, até ela me convidar para terminar aquela conversa no apartamento dela com uma garrafa de vinho safra 2007, italiano. Ao chegarmos lá, Amanda foi tão direta quanto uma pessoa normal poderia ser. Retirou a garrafa da minha mão e me jogou na parede. Digo com um pouco de vergonha que tudo o que se pode imaginar aconteceu entre a cozinha e a sala e de certo modo acordamos no quarto.
Os primeiros raios de sol iam aparecendo quando acordei. A garrafa de vinho estava lacrada em cima da mesa da cozinha. Agora eu já sabia o que deveria ser feito. Peguei minhas roupas e saí, sem nem ao menos deixar um bilhete a ela. Amanda seria a namorada perfeita se eu não fosse embora daquela forma. Peço perdão.
Fui para o apartamento em que morava com a minha mãe. Mais uma vez ela estava jogada no sofá da sala dopada. Fui ao meu quarto, peguei uma caneta e uma folha de papel. Como despedida escrevi as seguintes palavras:
" Querida mãe,
Peço que não chore, não se desespere e nem procure por mim ao ler isso. Peço também sua compreensão, pois estou indo embora de casa para procurar um sentido para minha vida. Procurarei uma faculdade longe daqui, mas sempre manterei contato.
Do seu filho, Arthur."
Doeu muito, mas foi necessário. Logo após segui para o quarto e arrumei uma mochila. Não sabia pra onde estaria indo, mas poderia ser qualquer lugar que houvesse um aeroporto. O simples fato de não permanecer ali já me aliviava um pouco. Me joguei no mundo para esquecer de mim. Pelo menos por um tempo. Nesse momento encontro-me no alto de um prédio procurando, quem sabe, um ponto final para empregar por aqui.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
"Vai seguir os teus sonhos, mesmo que tenha que sair de São Paulo." - disse ele.
Ele me disse que não temos nada aqui. A não ser que seja para aproveitar os museus. O mundo é muito maior lá fora. Naquele momento em que estavámos no corredor batendo um papo de amigos, abaixei a cabeça e percebi que ele tem razão. Razão é outra palavra que me assusta quando cruzo com ela. Enfim, agora não sei muito bem o que fazer. Não tenho mais a mesma facilidade de expressar tudo o que era necessário em palavras e o peito vai ficando carregado. Não sei mais o que há lá na frente para se fazer. Não sei de mais nada.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Esperar - Parte 4
Sou uma falha do tempo,
quinta-feira, 21 de junho de 2012
terça-feira, 19 de junho de 2012
Esperar - Parte 3
domingo, 17 de junho de 2012
E o que sentir se até mesmo você chega a duvidar que ainda existe alguma chance de virar?
sábado, 16 de junho de 2012
Esperar. Parte 2
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Esperar. Parte 1
Bem, eu queria começar pelo meu melhor amigo recém comprado. Apresento Jubinha, uma hamister branca que minha mãe comprou para substituir o Joca que era igual a ela, exceto pelo fato dele ser preto. Lembro-me de não ter dito nada em relação a isso, pois reconhecia os esforços dos meus pais para me agradar naquele dia. Minha mãe era reitora de medicina de um hospital muito importante da cidade e confesso-lhe que não sabia o que isso significava. Com certeza era algo muito importante pelo nível de vida que levávamos.
Desculpe, esqueci de dizer que nesse dia era meu aniversário de 13 anos. Não foi um dia muito feliz porque odiava festas. Alias, ainda odeio. Meus pais chamaram quase que o colégio inteiro. Eram apenas colegas que pouco falava e outros que nem sabiam quem eram. Pouco dei importância para isso, pois a única pessoa que fiz questão de chamar foi minha professora de língua portuguesa. Era uma moça tão jovem e eu gostava muito dela. Alguns anos mais tarde ela iria me ajudar muito e fico triste de lembrar que recentemente compareci a uma data trágica. Em minha mente permanece a imagem dela do 6º ano. Amélia, tinha 21 quando deu aula para minha classe.
A festa durou mais tempo do que eu poderia imaginar e fiquei perto de Amélia o quanto pude. Não tinha amigos e ela era a maior referência que possuía. Ingenuidade era tudo o que me pertencia naquela época. Digo assim porque nunca tive fortes referências paternais em casa. Já era noite quando os convidados foram aos pucos indo embora. Uma das últimas pessoas a saírem foi Amélia. Ela se despediu de meus pais e depois de mim. Deu-me um dos melhores abraços que já havia recebido.
- Até amanhã, Athur. Durma bem meu querido e muitas felicidades.
- Obrigado, professora Amélia. - Dei um sorriso de tristeza por ela estar indo embora. Percebam como eu era "formal".
Com toda formalidade de adultos que lhe cabiam, meus pais de despediram dela e a acompanhamos até o elevador. Na manhã seguinte, foi para o colégio. Quando cheguei, toda minha classe havia sido conduzida para o anfiteatro, onde cabia bem umas 3 salas inteiras. Todos mantinham uma aparência triste e ninguém se deu a me explicar de imediato. Foi então que, quando todos estavam sentados lá, surgiu a diretora e disse as seguintes palavras que aqui consigo reproduzi-las exatamente como foi pronunciadas naquela manhã fria de inverno: "Caros alunos, informo a todos que nos próximos 3 dias há escola estará fechada em respeito a morte da nossa querida professora Amélia." Falsa, é a única coisa que tenho a dizer daquela diretora. Ninguém naquele maldito colégio gostava dela, pois era Amélia que a enfrentava para defender os direitos dos alunos. Os pais foram chamados e a situação lhe foram explicadas. Eu estava do lado de fora da sala da diretora e pude ouvir claramente a conversa dela com meus pais.
Sua morte se deu depois de ser assaltada algumas horas depois de sair da minha festa. Apesar de ser professora de um colégio particular não tinha um carro. Ainda estava concluindo sua faculdade. Iria voltar para sua casa de ônibus e foi nesse momento que a pegaram. Foi a susto que a levou. Apesar de jovem seu coração não conseguiu resistir e depois de horas no hospital faleceu por parada cardio-respiratória. Jeito idiota de se morrer quando se é jovem. Isso me fez sentir muito culpado na época. Talvez se ela nunca tivesse aparecido em minha casa estaria viva.
Minha história daqui pra frente não parecerá muito feliz. Amélia foi a primeira de sucessivos acontecimentos. Quando se é criança, essa poderia ter sido a minha maior perda depois do Joca. E não foi, não estava nem perto de ser.
sábado, 2 de junho de 2012
Ah, se tu soubesse...
Onde estão todas aquelas palavras que não foram ditas,
Onde eu estou...
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Madrugada.
domingo, 27 de maio de 2012
Eternidade.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
E como tudo, sempre temos nossas exceções.
domingo, 20 de maio de 2012
Exílio.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
O fragmento João.
domingo, 13 de maio de 2012
Sobre Ana Carolina, você, lágrimas e um pouco mais.
Todas minhas ideias e planos
Tudo e nada em minhas mãos.
Eram sólidos e tão líquidos
Impossível de se segurar.
Mas eu sei que estava lá,
Continuava dentro de mim como da primeira vez,
E por mais que eu gritasse ao compasso daquelas notas.
Eu tentei...
Voltar a ser aquele que era.”
sábado, 12 de maio de 2012
30 days letter project - Day 5: Your dreams
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Sobre não saber o que sou.
sábado, 5 de maio de 2012
terça-feira, 1 de maio de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
"A morte de Lindóia"
Os olhos, em que Amor reinava, um dia,
Cheios de morte; e muda aquela língua,
Que ao surdo vento, e aos ecos tantas vezes
Contou a larga história de seus males.
Nos olhos Caitutu não sofre o pranto,
E rompe em profundíssimos suspiros,
Lendo na testa da fronteira gruta
De sua mão já trêmula gravado
O alheio crime, e a voluntária morte.
E por todas as partes repetido
O suspirado nome de Cacambo.
Inda conserva o pálido semblante
Um não sei quê de magoado, e triste,
Que os corações mais duros enternece.
Tanto era bela no seu rosto a morte!
Basilio da Gama
segunda-feira, 23 de abril de 2012
“Levantem as barreiras. Montem as defesas para uma nova guerra consigo mesmo.”
Não sou nada nesta peça. Mas o fato de estar na primeira fila me machuca.
Passagem do Tempo. O quão horrível ele pode ser isso?
O quão dolorido é estar sozinho quando o mundo te sufoca?
Dói menos do que ter a coragem de deixar de ser como é...
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Será que você lembra?
16 de abril de 2012, de madrugada.
sábado, 14 de abril de 2012
Os fantasmas ainda passam por lá.
Os fantasmas ainda passam por lá.