quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Últimas palavras de um caderno secreto

      Foi-se da forma que as de antes. O melhor é que eu já esperava por isso. Sabe, anjo, eu não estava mais naquela nossa casa e aquele meu mundo perfeito já havia deixado de ser perfeito desde o momento que abri mão de mim mesmo. Nunca o abandonei completamente e talvez ele tenha sido tão meu pra suprir toda essa carência. Ele foi meu, ele foi seu, ele foi nosso até o momento de não ser de mais ninguém.
      Pergunto-me, principalmente, no que você se transformou. Veja, Anjo, amor nunca morre mesmo você indo pra sempre. Hoje, digo adeus da mesma forma que tu. Terminou de forma inocente e com aquele típico abraço incompleto. O único que não deixou aquela vontade de querer voltar.
      Vai, anjo e voa pra onde tu quiser. Que as noites estreladas por onde passar acolham-te bem.

      Adeus.