domingo, 21 de julho de 2013

Ciclos fechados

Hoje foi o dia em que o Ciclo do Vagalumes Cegos chega ao final. Dei-lhe a vida que agora estou retirando. Não apago-o por que isso seria como querer apagar o meu passado. Mudei de endereço. Posso estar ali do outro lado da rua, bem como posso ter partido para outro planeta.

Adeus, velho amigo. Tomei um rumo novo.
http://minhasduascafeteiras.blogspot.com.br/

domingo, 2 de junho de 2013

Insuficiente - Adj. 1. Não suficiente. 2. Incompetente, incapaz. 3. Intelectualmente medíocre.

Tenho que seguir nessa linha.
Manter um sorriso simples e singelo.
Sorrir para aquela que me deixa mal.
Estou tentando andar sozinho,
Procurar novos horizontes...
Fugindo para seguir meus sonhos,
Pois é no meu silêncio que encontro-os

Mãe, não me julgue por não ser igual a eles,
Dias melhores virão, não perca esse tempo.
Quem dera tu pudesse saber que esse teu jeito me machuca.
E escrever está sendo difícil.
Rotina que dói para quem tem tanto o que falar.

Mas, talvez, eu não tenha nada para falar.
Talvez eu tenha apenas que seguir.
Lutar já não adianta mais.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Deixa eu fazer diferente?

       Há livros espalhados. Por todos os lugares, o tempo todo. E não sei como organizá-los. Há palavras espalhadas que permanecem coladas nessas paredes que contam histórias... Há milhares objetivos que nunca serão cumpridos ao lado das roupas que ainda não lavei. Há tantos amores perdidos, amizades esquecidas, oportunidades vencidas, um corpo exausto... E eu não sei organizar tudo isso...

Tic, tac; bate o relógio. 

      Se encontrar sentado no meio e literalmente sem saber o que fazer. É tão estranho ver tudo despencar sobre a própria cabeça, respirar fundo e se apegar na ideia que tudo vai ficar bem e que não é tão mau assim. Mas é. Por que se enganar? As paredes são  tão finas, meu bem. Estamos tão longe de nós mesmos e o céu parece tão pequeno para quem um dia quis voar além dele...

tic, tac; diz o relógio.

   E eu queria apenas mudar o mundo. Fazer diferente essa confusão toda. Comprar pratilheiras novas, Catalogar os livros, cobrir as palavras com tinta vermelha, renovar os objetivos, lavar as roupas... Encontrar novos amores, relembrar as amizades, apegar-se nas novas oportunidades. Saber como renovar tudo isso... E procurar um céu que ainda exista.

tic, tac; É hora de ir.



terça-feira, 23 de abril de 2013

Estrela, estrela... Como ser assim?

     Como dizer que tu é uma das pessoas que mais agradeço por estar na minha vida?
     Como dizer que o teu abraço ainda me trás paz? 

     Hoje é o teu aniversário, criança. E juro que queria te dar o melhor presente. Um pedaço do infinito ou voar para pegarmos uma estrela, sorrir para a lua que está tão bela.
 
   Queria te dar o abraço mais forte para representar a imensidão do que sinto. Criança, tu continua intocável. E sempre estará; porque é único. E não sei mais o que falar. Tu entende com meus abraços e com cada despedida na estação que me faz sentir bem, por saber que alguém me guarda no coração da mesma forma que eu o guardo-o. 

    Feliz Aniversário, Luiz. A felicidade, o amor e tudo mais esteja contigo da mesma forma que eu estarei. E obrigado por ser esse doce comigo e por me aguentar em todos os momentos que precisei. 
<3

sábado, 13 de abril de 2013

Que tal mais um café, Ed.?

   Te vi hoje, Edgar... correndo com uma rosa na mão, a entrar no metrô, falando no celular com sei lá quem com um sorriso doce. Te vi hoje e foi de longe. Tu não me viu, pois te observava de cima, longe dos teus olhos maduros e dissimulados. Tu não me viu pois quem reside dentro de você sou eu... e não sabe como sou feliz por isso.
    Viva, Edgar e entregue essa flor. Entregue para quem for o teu amor e viva. Absorva o rápido abraço dele e devolva o sorriso inocente que ele te der, pois tu vai pensar que nunca o viu antes.
   Vá, Edgar. Anda que a vida não nos espera. E a felicidade é curta, exaustiva e obliqua para quem ama demais.



(Edgar é uma personagem do meu romance, da minha vida, sou eu)

quarta-feira, 20 de março de 2013

Pontos.


(...)

Entrei por aqui para lembrar de mim.
Olhei-me,
li-me
e nada vi.
Estou apagado.
Talvez brilhando fraco.

(...)

segunda-feira, 4 de março de 2013

Ao segundo que se passou.

      Em certos momentos eu queria escrever algo útil que me valorizasse enquanto ser humano.
      Sei escrever sobre o meu "cotidiano". Sobre o que eu vejo. Sobre o que eu queria ver até mesmo... ser.
      Até questionar que realidade é essa.
      Concluo que não sei nada de mim.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Daniel O. (?)

Falarei em frases soltas para que eu me compreenda melhor. 
Não sei porque pensar em ti. Não nos vemos. Não conversamos.
Tu deve me odiar. 
E não sei o porquê, mas tenho pensado em ti de forma que desconheço.
Não é pena, vingança ou qualquer coisa do gênero. 
É você. Invadiu meu pensamento, apenas.
Simples ou não.
Não sei. Só é estranho. 
Então fica aqui um 'oi' para esse monólogo sem sentido.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Adeus, Lenin.

      Era uma manhã chuvosa quando saí para trabalhar quando me deparei com ele. Estava todo encharcado, triste e acoado na beirada da porta onde escorria menos água. Não aguentei e o peguei no colo, colocando dentro o meu paletó e voltando para o meu apartamento. Creio que estava com muito frio e quase morrendo, pois estávamos no inverno.
   
  Abrindo a porta rapidamente corri pelo meu pequeno apartamento e abri o chuveiro quente enquanto procurava - talvez - uma toalha para secá-lo. Dei- lhe um bom banho e o sequei. Me agradeceu com miúdos olhos de gratidão. Seguiu-se assim uma amizade bem sincera, se o problema não fosse eu.

      Nunca entendi quais eram os verdadeiros problemas quando me atrevi a trazer aquele pobre ser para o meu circulo fechado de sentimentos, como em uma determinada manhã em que desatinei a imaginar como seria o mundo com milhares de camélias no jardim. Esqueci que eu não tenho um jardim.

     Fato é que  não me lembro bem do que aconteceu. e talvez não importe muito. Algumas lembranças merecem - e devem - ser esquecidas. Sei que fui eu. Não poderia ser ninguém além de mim para cometer tal atrocidade. Mas não quero contar os detalhes. Peço permissão para pular toda a tragédia, pois ela tem muitos sentidos diferentes.

      Preciso terminar por aqui. As enfermeiras dizem que sou paciente terminal, que ofereço risco aos outros internados... "Vou tomar meu último drink."

      E Ele ainda está lá.

      Por favor, Doutor. Deixe essa minha carta lá perto da pia da cozinha. Peça desculpas a ele e diga que não me arrependo, mas sinto saudades. Adeus.
      

sábado, 5 de janeiro de 2013

E por isso, não aprendi a voar.

Não há certezas
E os versos estão incompletos.
É como se não houvesse nada,
Mas preciso falar...
Sobre você. Sobre essa saudade.
Sobre esse medo do Tempo.

A estrada é longa, e tu apenas a enxerga de longe.