sábado, 17 de março de 2012

Diálogos


E a solidão de minhas palavras,
morrem num pensamento perdido.
morrem em palavras dispersas
morrem onde um dia, havia esperança.

Ainda queria o teu semblante por aqui,
vê-lo surgir como o amanhecer do sol
numa manhã fria de domingo,
como se o mundo fosse feito apenas para nós.

E na solidão de minhas palavras agora mortas,
é estranho o sentido de ir embora
e manter a esperança de te ver voltar,
mesmo não tendo a certeza de que esteve aqui,
pois tudo o que tenho pra dizer é:
Não me deixei ir embora daqui.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Questionar é viver. Ainda estou me perguntando o sentido da segunda palavra.


      É engraçado como tudo tem um motivo pra acontecer. Até mesmo aquele desespero irracional que vem de nem sei onde, apenas para te mostrar que há esperança atrás daquela névoa. Às vezes tudo parece tão errado para que quando o certo chegar haja ao menos um gosto de satisfação de ter passado por tudo aquilo que um dia te desanimou.
      Até o desespero, por mais idiota que ele pareça ser, te motiva a continuar. Apenas a continuar, mesmo que não tenha um destino determinado. A coisa mais linda da vida é ser surpreendido pelo acaso. As coisas planejadas, por mais que assim sejam, podem cair por terra sem nem ao menos avisar! Já parou para pensar na gravidade que é isso?
     Estabelecemos tantos e tantos objetivos na vida que - algumas vezes, propositalmente - ficamos cegos. E foi assim que eu me entreguei ao imediatismo da impossibilidade de conseguir algo simples. Foi esse tal de desespero irracional que formou uma enorme capsula negativa em torno de mim. Eu deixei-a se formar até me sufocar, mas o sol sempre nascerá amanhã mais uma vez, fazendo essa névoa e essa capsula se dissipar em água pelo menos por hoje.
      É como dizem: somos o centro do nosso próprio universo, pois somos unicos. Isso nos torna cada um dono o próprio mundo e é isso que mais me deixa confuso: o sentido de viver. 


sexta-feira, 9 de março de 2012

Sometimes, I wish I could save you...


Sem dor, sem amor, sem vida.

      E ele estava ali, deitado no chão esperando suas aulas começarem. Logo a sua frente estava à escada de mármore branco, com corrimão de madeira e grades de ferro, com uma aparência feia - mas na tua visão algo maravilhoso - e descuidada. Aquele elevador antigo estampava a idade do local.  Tudo parecia possuir um gosto acolhedor e simples. Lia aquele livro que havia deixado de lado fazia um tempo, com seus fones e música alta para ignorar quem passasse por lá. Estava no terceiro andar daquele prédio magnífico.
      Gostava de estar ali. A paz que sentia era única e a coisa que mais gostava era as escadas.
      Até então, o corredor estava lotado. Podia sentir a presença de várias e várias pessoas conversando ao seu redor, inclusive aquele garoto do qual não tirava os olhos. Tua presença o encantava. Até demais. Via vários pés indo e vindo e algumas risadas que conseguiam ultrapassar o volume do celular. Era a sua forma de fugir do mundo e não ser incomodado, pelo menos por um tempo.
Fechou o livro e percebeu que continuava acompanhado no corredor. Não entendia o porquê. Levantou-se e caminho até a escada. Que magnífica era aquela visão que tinha do térreo. Sempre imaginou como seria se jogar de lá.  Sempre ficava dias e dias debruçado olhando para baixo. Olhou para os dois lados e fechando os olhos, subiu na beirada. Ninguém nem ao menos percebera o que queria fazer. Conseguiu ficar totalmente em pé e fechando os braços se jogou.
      Foi a melhor sensação que poderia ter sentido na tua vida, fazendo dele o ser mais completo naquele instante que se passava. De certa forma a queda foi um tanto quanto lenta, para que pelo menos o prazer aumentasse. Seu corpo nem ao menos conseguiu tocar o chão. Foi como se flutuasse com seus olhos fixos naquele chão quadriculado.
      Nesse momento, sentiu medo do próprio suicídio. Sentiu medo do que a pessoas iriam dizer ao vê-lo jogado no chão e do que fariam após isso. Sentiu um aperto no peito ao pensar nas pessoas que ama, mesmo que alguma nem ao menos dê atenção a esse fato. Sentiu-se como o traidor de si mesmo ao fazer aquilo. Quis voltar ao que era antes e fechou os olhos mais uma vez. Passaram-se alguns segundos sem sentir absolutamente nada.
      Sem dor, sem amor, sem vida. Já era tarde de mais.

 




sábado, 3 de março de 2012

Eu vejo amor.

Eu vejo amizade.
Eu vejo alguém que ajuda a segurar meu mundo com um abraço.
Eu vejo tudo o que eu preciso pra viver.
Eu vejo alguém que sorri e me faz sorrir apenas por estar ali.
Eu vejo Mariana.
Eu vejo alguém que já chorou muito e agora vai se levantando.
Eu vejo bolos de canecas quando tivermos nossa casa.
Eu vejo nós rindo do Geraldo e sua esposa.
Eu vejo...

 
tudo o que há...


 

de bom no mundo...


apenas contigo.
<3


E você? O que vê?