segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Tempo errantes.

      Subitamente hoje, achei que cairia em teus braços e entraria num desespero eterno. Surgiu, talvez, dentro d'uma conversa paralela aqui e outra ali. Nada mais sei que veio e resolveu ficar.
     Se é saudade, não sei. Em outrora poderia ser até algo mais concreto. Se é poesia morta,  imagino-a talvez. Sinto um requintado gosto de passado.
      São Tempos errantes em que teu abraço faz falta e minha existencia é nula diante de ti. Tempos errantes que nos transformaram em enormes ignorante da própria imagem e ridiculamente um em relação ao outro.
      Se estou morto, creio que meus fragmentos ainda lembram de você, mesmo teu rosto estando perdido em alguma passagem do tempo. Surgem então essa palavra que me dá medo e o futuro me dá medo e olhar para mim mesmo dá medo, pois era pra ser mais do que isso.
      Teus olhos continuam os mesmos, minha criança....    M.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Palavras de um ser morto, porém vivo.

      Se Machado de Assis começa teu livro com a dedicatória " Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembranças estas Memórias Póstumas" quem sou eu de fazer diferente, porém ainda vivo, talvez.
     Começo dizendo que já devo ter morrido para muitas pessoas e portanto não posso contar nos dedos. Sou vã morto apenas por irônia do destino... E do tempo. Ah, que traíra esse tempo. Admiti minha morte quando partiu rua a dentro sem olhar nos meus olhos. Morto pra você. Morto pra sempre.