quinta-feira, 26 de abril de 2012

"A morte de Lindóia"


[...]
Os olhos, em que Amor reinava, um dia,
Cheios de morte; e muda aquela língua,
Que ao surdo vento, e aos ecos tantas vezes
Contou a larga história de seus males.
Nos olhos Caitutu não sofre o pranto,
E rompe em profundíssimos suspiros,
Lendo na testa da fronteira gruta
De sua mão já trêmula gravado
O alheio crime, e a voluntária morte.
E por todas as partes repetido
O suspirado nome de Cacambo.
Inda conserva o pálido semblante
Um não sei quê de magoado, e triste,
Que os corações mais duros enternece.
Tanto era bela no seu rosto a morte!


Basilio da Gama

segunda-feira, 23 de abril de 2012

“Levantem as barreiras. Montem as defesas para uma nova guerra consigo mesmo.”


Um nome. Uma situação. Os atores em cena. Fecha os olhos e volta.
Não sou nada nesta peça. Mas o fato de estar na primeira fila me machuca.
Passagem do Tempo. O quão horrível ele pode ser isso?
O quão dolorido é estar sozinho quando o mundo te sufoca?
Dói menos do que ter a coragem de deixar de ser como é...

Mas... deixa o verão pra mais tarde.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Receita pra lavar palavra suja - Viviane Mosé


Será que você lembra?


Letras feitas de papel que estão guardadas até hoje, que um dia já significou o mundo, sendo assim, mais uma recordação. 

16 de abril de 2012, de madrugada.


      Passamos tanto tempo da nossa vida procurando o amor como se fosse algo essencial para dar continuidade a essa vida profana que levamos. Somos tão passionais a uma situação de amor que nos perdemos dos fatos, pois entramos em contradição quando dizemos que fazemos o uso da razão. Não conseguimos compreender o que é ser racional quando o sorriso de uma pessoa te faz tremer as pernas como se fosse uma criança.
     Ultimamente tenho idealizado que o amor fosse acontecer como na maioria dos filmes que assistimos e choramos no final: Duas pessoas se olham, sorriem uma para a outra e assim começa toda uma história que não fará o menor sentido no começo, mas terminará como mais uma história clichê de amor. Acho que deve ser por isso que nunca dá certo comigo. O máximo que acontece é o cara idiota (nesse caso, eu) se perdendo naquele sorriso esplêndido, fato que o destrói quando percebe que o anti-herói (no caso, ele) nota que está sendo observado e sorri mais ainda. :3
       Espero que ele nunca saiba que o seu sorriso inocente me faz arrepiar, mas que ao mesmo tempo me destrói por dentro. Que ele nunca saiba o quão sem graça é estar diante da tua visão e como caço o teu olhar quando está por perto, mesmo sendo o banheiro do 3º andar o local que mais nos encontramos. Que não seja para mim tão perfeito como Carlota foi para Wether.
      Idiota sou de querer ser o que jamais conseguirei ser, de observar-te a espera do próximo sorriso, para que assim seja permitido deliciar-me de suas ousadias. Experimentar ou aplicar o mesmo veneno, não significa que irá mudar de opinião sobre ele.

sábado, 14 de abril de 2012

Os fantasmas ainda passam por lá.


     E só o que ele queria era alguém que o escutasse para dividir aquelas dores, dividir aqueles pensamentos e suprimir de si mesmo. Correu por todos os lugares. Procurou todos da sua lista. Foi até o penúltimo. Aquele que se encontrara no final já estava riscado fazia algum tempo.

     E nada conseguiu, nada falou, apenas engoliu a seco mais uma vez...
Os fantasmas ainda passam por lá.

domingo, 8 de abril de 2012


sábado, 7 de abril de 2012

Reticências.


     E agora percebo que continuo sendo o mesmo idiota de sempre, pois há estilhaços de algo quebrado dentro de mim. As pessoas mudam, mas algo sempre continua da mesma maneira que era antes. É difícil erguer a cabeça e se auto-declarar forte. É difícil entender como há tantas virgulas num texto antigo. Eu tenho medo do amanhã. Paro de escrever,pois minhas lágrimas já estão borrando minhas palavras.

Cabeça cheia, palavras avulsas...

     Eu poderia dizer: “És um tolo, buscas o que não se pode encontrar neste mundo.” Mas eu a encontrei, senti o seu coração, a grande alma, em cuja presença eu parecia crescer para além de mim mesmo, porque eu era tudo o que podia ser. - J.W. Goethe

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Agradecimentos prévios à J.W. Goethe


      Todos têm um livro que se encaixará perfeitamente em nós e nós nele. Pode ser a coisa mais banal ou também pode ser a transcrição da própria alma. No que já pude ler desse livro, Goethe me mostrou nada mais nada menos do que a mim mesmo. É como olhar num espelho sombrio escurecido pela sua própria áurea negativa. Werther e eu somos parecidos que chegamos a ser um só, se não a mesma pessoa. “É como ler a sua alma” Talvez ela tenha razão. Ou quando ela ler isso irá dizer: “É claro que eu tenho razão.”
      Por fim, depois de ter fugido um pouco do foco desse post, volto a agradecer a Goethe por ter sintetizado essa obra. Os sofrimentos dele parecessem tão reais que podem ser reconhecidos em mim. Vou ser sincero com você, leitor, que tenho medo do final dele. Goethe se salvou pela bala do teu herói, mas e eu? Serei salvo pelo que? Essas perguntas não podem nem ao menos ser respondidas agora. Falta muito para que os nossos finais se encontrem.

domingo, 1 de abril de 2012

Recaídas...

E por mais que eu sinta a tua falta,
meu orgulho não deixará te dizer um oi.
E por mais que eu queria teu abraço,
meu coração sente medo de perdê-lo uma vez mais.

- Animaa... - disse ela.

Às vezes devemos agradecer as pessoas, ainda mais quando essa pessoa faz de tudo para te ver sorrir. Aqui não estarão muitas palavras. Apenas um obrigado e o sorriso que ela sempre quer ver.
Obrigado Dani. <3

Meu abraço te amarrota, meu estranho natural...