Todos têm um livro que se
encaixará perfeitamente em nós e nós nele. Pode ser a coisa mais banal ou
também pode ser a transcrição da própria alma. No que já pude ler desse livro, Goethe me mostrou nada mais nada menos do que a mim mesmo. É como olhar num
espelho sombrio escurecido pela sua própria áurea negativa. Werther e eu somos
parecidos que chegamos a ser um só, se não a mesma pessoa. “É como ler a sua
alma” Talvez ela tenha razão. Ou quando ela ler isso irá dizer: “É claro que
eu tenho razão.”
Por fim, depois de ter fugido
um pouco do foco desse post, volto a agradecer a Goethe por ter sintetizado
essa obra. Os sofrimentos dele parecessem tão reais que podem ser reconhecidos
em mim. Vou ser sincero com você, leitor, que tenho medo do final dele. Goethe
se salvou pela bala do teu herói, mas e eu? Serei salvo pelo que? Essas
perguntas não podem nem ao menos ser respondidas agora. Falta muito para
que os nossos finais se encontrem.