segunda-feira, 28 de maio de 2012

Madrugada.


    Em uma pequena folha amassada escreveu seus pensamentos. Palavras dignas de fazerem até os olhos de Werther lacrimejarem. Olhou como se importasse e Guardou-a em sua caixa. Pode ver seu amigo sentado ao seu lado enquanto dava um gole em seu café. Ambos sorriram e ele fechou seus olhos em sinal de desistência.
   Era apenas mais uma noite amarga.

domingo, 27 de maio de 2012

Eternidade.




Num pequeno instante quis ultrapassar as nuvens.
Seguiu o ritmo do vento,
Fugir, voar...
E talvez tenha conseguido,
nem que fosse por alguns poucos minutos
ser parte de tudo aquilo.




quinta-feira, 24 de maio de 2012

E como tudo, sempre temos nossas exceções.


     "Quando criança tinha o desejo de me tornar adulto, por entender que eles eram felizes, porque eles podiam dirigir, beber, sair para boates, namorar...
     Mera ilusão de um pequeno cidadão que não entendia que a vida quando a gente cresce, a fantasia perde espaço para as preocupações, deixa de existir aquele mundo onde se resumia a brincar, sonhar...
     O espaço da diversão da lugar para um mundo traiçoeiro cheios de perigos, um mundo onde confiar perde o sentido a cada minuto, um mundo onde a traição, a inveja, mentira, ganância, ódio, vingança, sobrepõem a magia da amizade, do amor, da solidariedade, da união.
     Ser adulto é enxergar com outros olhos um mesmo mundo, infelizmente não tão bonito como aquele onde vivia há 10 anos atrás."



Cesar Sales.
    

domingo, 20 de maio de 2012

Exílio.

De algum modo, eu sei. Tenho que partir para um lugar esmo, longe o suficiente para que ninguém me encontre. Desaparecerei por enquanto. Sair e jogar algumas coisas fora. Procurar um cantinho novo para viver e talvez, escrever. A viajem é longa e não deixarei minha localização. É necessário respirar... Organizar em caixas.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O fragmento João.

Quem é você? 
    Sinto que não posso mais fazer essa pergunta, pois já sei a resposta. Algumas palavras não surgem quando deveriam, mas se alguma vez algo que fiz te magoou, desculpa. De todas aquelas vezes que chego sem falar nada é porque o mundo me sufoca. As lembranças, o passado, o futuro... algumas coisas que você ainda não sabe. Na minha visão, cada pessoa compõe um pequeno fragmento na vida de outra. Você faz parte da minha, você é um fragmento meu.
    Você é aquela pessoa em que podemos nos apoiar. Que sabe quando deve abrir espaço para alguém respirar, que se preocupa, mesmo que seja em silencio ou apenas com um olhar. Obrigado por não acreditar em meus sorrisos secos.
    E sobre mim, são se preocupe. O vento é forte, eu sei. Os pensamentos também, mas é só questão de organizar. Em caixas vermelhas. Dobrá-los aos poucos com cuidado por serem tão frágeis, porém os mais puros. Transbordar de vez em quando faz-me aliviar. 
    Muito do que eu digo não faz o menor sentido. Pelo menos até então. Acredito que pra tudo na vida temos um motivo, pra continuar. Eu pude ver um pouco além disso. E sei que você também já viu. E se viu, entenderá facilmente o porquê estou ali. Eu tenho muitas histórias para contar.
     Basicamente é isso. Pelo menos nesse instante.





domingo, 13 de maio de 2012

Sobre Ana Carolina, você, lágrimas e um pouco mais.


    E em todos os momentos em que eu pude te ver, consegui. Em todas aquelas músicas, que ela fazia o mundo girar em torno de si tocando sua guitarra bravamente, você estava ali. Joguei todas as palavras que estavam dentro de mim, esvaziei meu peito cantando o mais alto que podia... Dei vários e vários socos em determinadas memórias que ali não deveria estar, as quais me atingiam com uma força tremenda. E eu chorei. Chorei por não aguentar carregar tudo isso dentro de mim. Chorei por não ser capaz de te esquecer. Chorei por não considerar-me o suficiente para qualquer um. Todos esses fragmentos doem. Mas você fez com que minha alma se elevasse a felicidade. Obrigado Ana.



Tive todas minhas certeza e incertezas,
Todas minhas ideias e planos 

Tudo e nada em minhas mãos.
Eram sólidos e tão líquidos
Impossível de se segurar.
Mas eu sei que estava lá,
Continuava dentro de mim como da primeira vez,
E por mais que eu gritasse ao compasso daquelas notas.
Eu tentei...
Voltar a ser aquele que era.”




sábado, 12 de maio de 2012

...


30 days letter project - Day 5: Your dreams


    Tecnicamente, felicidade não é um sonho. Ou se tem propriamente dita ou em fragmentos, talvez. O fato é que todos têm um pouquinho dela, seja da forma que for e de quem for. Por isso, não a citarei.
    Sonhos são extremamente maleáveis. Moldam-se conforme o tempo, moldam-se conforme as palavras que são ditas. A palavra suja mancha qualquer sonho. Tento sempre manter os meus guardados em uma caixa. Caixa Vermelha, pois eu gosto delas.
    Meus sonhos se moldaram assim: solitário. Impossível não citar que meus sonhos foram influenciados pelos meus pais, apesar de ausentes. Neste momento da minha vida, sonho no dia em que estarei formado em enfermagem, com especialização em Centro Cirúrgico. Medicina não é viável financeiramente. Já até pensei na ideia de seguir como comissário de bordo, mas não me encaixo nos estereótipos dessa profissão. Desmanchou dentro da caixa. Os que se mantêm intactos são os que estão ligados a área hospitalar. Assim me sinto bem.
     Sonho em viajar para um lugar distante, onde ninguém possa me encontrar. Já sonhei em viajar para Portugal com alguém importante para mim. Esse foi desaparecendo aos poucos na caixa, ficou sujo por causa das palavras.
   Os sonhos vieram e são criados a medida que amadureço. Os planos também. Alguns sumiram, outros desmancharam, outros nem sequer chegaram a ser alguma coisa. Mas todos continuam aqui, como o amor pela bela Carlota de Werther. Continuam ávidos para ser tornarem reais. Há sonhos que não cabe a eu descrever aqui, pois são muito sensíveis e que não é necessário ninguém saber.


“- Já percebeu que ninguém nunca sabe tudo sobre o outro, por mais que conheça o fundo da tua alma?” 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Sobre não saber o que sou.


Mas um dia eu acreditei, quis acreditar. E ela também acreditou. E conseguiu. Queria poder ser alguém melhor...  por ela. Pude ver tudo o que não queria. Tive momentos que não sei mais o que são. Eu pude ver todos aqueles planos se desfazendo aos montes sem que eu pudesse fazer nada além de expressar um sorriso. E mais uma vez, não dormi. Há milhares de palavras que não saem de mim, há milhares de pensamentos e ideias que não deixam minha alma em paz. Não consigo desligar-me. 


"Eu pude ver o sol desaparecer do seu rosto, dos seus olhos, da sua vida."

terça-feira, 1 de maio de 2012

Talvez meu erro seja pensar demais [...]